Você já se pegou paralisado diante de uma tarefa porque tinha medo de não fazer “perfeito”? Ou então terminou algo e, mesmo com elogios, ainda sentia que poderia ter feito melhor? Se sim, talvez você esteja preso numa armadilha emocional chamada perfeccionismo.
Apesar de muitas vezes ser visto como uma qualidade, o perfeccionismo costuma esconder uma cobrança interna exagerada, alimentada por insegurança, medo do erro e necessidade de validação. Ele não é sobre fazer bem feito. É sobre achar que só tem valor quem não falha.
Pessoas perfeccionistas vivem em alerta constante. Se sentem culpadas por descansar, insatisfeitas com seus próprios resultados e com uma autocrítica cruel. Mesmo quando tudo sai como planejado, a sensação de que “faltou algo” nunca desaparece. E essa exigência excessiva pode levar à procrastinação — afinal, se não for para fazer perfeito, melhor nem começar — e também à ansiedade, ao esgotamento mental e até à depressão.
Mas por que somos assim? Em muitos casos, esse comportamento nasce na infância. Crianças que só recebiam afeto quando tinham alto desempenho, ou que foram comparadas constantemente, internalizam a ideia de que precisam ser impecáveis para merecer amor ou reconhecimento. O problema é que, ao crescer com esse padrão, se torna impossível relaxar. Errar passa a ser visto como fracasso, não como parte do processo de evolução.
Felizmente, é possível mudar. Começa quando você entende que o perfeccionismo não é sinal de força, e sim um escudo para se proteger do medo de errar ou decepcionar. Aprender a celebrar seus progressos, aceitar seus limites e ser gentil com suas falhas é um grande passo para construir uma relação mais saudável com você mesmo. Ninguém precisa ser perfeito para ser incrível. A liberdade emocional nasce justamente quando aceitamos nossa humanidade.
Se você se identificou com esse tema, não deixe de assistir ao vídeo completo lá no nosso canal no YouTube, Espaço Mente Saudável com Marília Ribeiro. Toda sexta-feira tem conteúdo novo sobre saúde emocional, sempre com leveza, profundidade e acolhimento. O link está aqui na descrição. E se quiser continuar essa conversa, te espero nos comentários.